Você já parou para pensar o quanto o emagrecimento e os sinais do corpo estão relacionados? Você pode estar pensando: “como assim, que sinais?”.
Aqueles nossos sinais internos do nosso corpo, de fome e de saciedade, por exemplo. São tão importantes para diferenciarmos a fome física da emocional, para identificarmos quando já comemos o suficiente, não é mesmo?
Algumas pessoas podem estar muito desconectadas deles. Para ficar mais divertido, vou te falar sobre isso contando uma história: a história da Aninha.
Os sinais do corpo
Aninha estava indo em uma nutricionista comportamental para emagrecer através da mudança do comportamento alimentar e da sua relação com a comida.
Após tantos anos de práticas de dietas restritivas e efeito sanfona, obedecendo ordens externas sobre o que comer, quando e quanto, ela havia se desconectado completamente do seu próprio corpo. Não sabia mais ouvir, identificar os sinais do corpo, como fome física, fome emocional e saciedade.
“Aninha” – perguntou a nutri – “você sabe dizer quando está sentindo fome física e quando está sentindo desejo de comer?”. Aninha não sabia, assim como grande parte das pessoas não sabe.
Ela respondeu: “Não sei, acho que não sinto fome do estômago nunca, quando eu sinto é de repente uma vontade imensa de comer”.
A nutri respondeu: “Entendo, porém a fome começa de leve, com um sinal sutil de vazio no estômago. A fome vai aumentando com o passar das horas. Portanto, ela não chega de uma hora para outra.
Quando chega de uma hora para outra, ou você só está percebendo a fome quando ela já está muito grande, ou o que você sente é desejo intenso de comer.
O desejo é mental, emocional, e não físico. Consegue identificar melhor?”
Aninha não conseguia mais diferenciar fome física e emocional. Tudo isso havia se perdido em função dos anos corridos de prática de dietas. Agora ela teria que resgatar essa conexão com o seu próprio corpo. Ela foi para casa e tentou ouvir melhor os sinais do corpo dela.
Resgatando os sinais do corpo
Voltou na consulta seguinte ainda confusa, não entendendo muito bem o que sentia. Ela compartilhou isso com a nutri, que respondeu: “Está tudo bem, a questão é continuar tentando sintonizar com esses sinais. Lembra da época do rádio?
A gente tinha colocar o rádio bem perto do ouvido e fazer um esforço para escutar o sinal bem baixinho da rádio para tentar sintonizar com ela.
Faça de conta que os sinais do seu corpo são como sintonizar um sinal de rádio. Porém, no momento está muito fraco e você tem que fazer um esforço para ouvir. “Treinando o seu ouvido”, você vai passar a entender e atender o que o seu corpo precisa. Com o passar do tempo, o sinal vai ficando cada vez mais claro e bem “sintonizado”.
No fundo, no fundo, tudo isso não deixava de ser a prática de mindfulness (atenção plena) ou, mais especificamente, mindful eating (comer com atenção plena).
O processo de resgate
Aninha entendeu a analogia. Era uma questão de tempo, paciência consigo mesma e de treino/prática para diferenciar tudo isso e resgatar o auto controle sobre os desejos impulsivos de comer.
E se tinham 3 coisas que a Aninha não gostava muito eram: esperar, ser paciente e se esforçar. Ela tinha um perfil ansioso e imediatista. Mas, ela estava pela primeira vez na vida buscando a resolução da sua relação com a comida para comer de forma normal.
Por isso, ela entendeu que precisava acalmar o seu imediatismo para se libertar da mentalidade de dieta e do comer transtornado que havia desenvolvido.
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Nutrição comportamental e mudança da relação com a comida: a melhor “dieta” para emagrecer.