O livro Comunicação não violenta, do autor Marshall Rosenberg, apresenta técnicas para melhorar a nossa comunicação com as outras pessoas, para aprender a expressar os que sentimos e desejamos mais claramente, e assim se fazer ser entendido adequadamente por quem nos escuta. Ai, nutri, mas o que isso tem a ver com nutrição e emagrecimento?
Eu te digo: relacionamentos podem gerar desentendimentos, que podem gerar ansiedade, culpa, mágoas, tristezas, solidão. Todos esses sentimentos podem servir de gatilho para nos levar a comer, especialmente quando já temos uma relação disfuncional com a comida.
Outro aspecto em que a comunicação pode atrapalhar ou ajudar no emagrecimento é a forma como pedimos ajuda aos familiares para o nosso emagrecimento, ou quando eles fazem comentários ou se metem demais no nosso emagrecimento. A forma como nos comunicamos ou como eles nos comunicam seus comentários pode soar violenta, pode ser assertiva, construtiva, ou não.
O que é comunicação violenta
Violenta não é só aquela pessoa que bate, que grita ou o bandido que assalta e mata. Nós também praticamos atos violência no nosso dia-a-dia, quando nos comunicamos gritando, criticando, sendo autoritários, fazendo ameaças, etc. Embora desejemos empatia dos outros, nos comunicamos de formas que jamais teremos.
Percebemos que cada vez mais está difícil de nos comunicarmos uns com os outros. Muitas vezes fazemos um pedido para “enriquecer a nossa vida” (expressão que o autor usa bastante no livro e que achei muito interessante), mas fazemos esse pedido de forma autoritária, exigente ou não expressamos claramente o que queremos. Dessa maneira, não somos atendidos, o pedido é negado e ficamos frustrados. Ou, alguém lhe fala ou pede algo, mas se expressa de maneira que interpretamos como ordens e nos fazem involuntariamente armar um instinto de defesa contra elas.
Exemplo de comunicação violenta
Um exemplo disso seria quando falamos à alguém de forma explosiva: “Recolha as suas meias que estão pela casa, eu não aguento mais isso!”. A pessoa vai atender seu pedido não pela empatia que ela sentiu por você, e sim pelo tom de briga, autoridade e receio do que poderá acontecer, no entanto, isso não fará com que ela se esforce a mudar esse comportamento por você.
Exemplo de comunicação assertiva
No entanto, podemos comunicar o mesmo pedido da seguinte forma: 1) procurar se acalmar, 2) entender qual necessidade sua não está sendo atendida, 3) entender o que você quer comunicar/pedir para enriquecer a sua vida e expressar dessa forma: “Sabe, quando eu vejo as suas meias espalhadas me dá a sensação que você não se importa (sentimento) com a organização da casa e isso é importante para mim, porque eu gosto de conviver em um ambiente organizado (a sua necessidade de organização não está sendo atendida). Você poderia ter esse cuidado e deixar as suas meias no quarto? (fazer o pedido)”.
Falando dessa forma, a pessoa entenderá os seus motivos, como você se sente em relação àquilo e vai atender o seu pedido para enriquecer a sua vida por empatia e, provavelmente, não fará mais.
Nossa comunicação interna
E ainda, não menos importante, o livro fala sobre a nossa comunicação interna. Muitas vezes, temos uma comunicação violenta conosco mesmos. Uma comunicação baseada em críticas, julgamentos, xingamentos e exigências. O livro nos ensina também a melhorar a nossa comunicação interna e a sermos mais gentis conosco.
Ter uma comunicação mais gentil com a gente mesmo torna a nossa vida mais leve, nos sentimos menos ansiosos, estressados e até mesmo menos deprimidos.
Uma boa comunicação é fundamental, não acha? Mantém nossos relacionamentos saudáveis, consequentemente temos uma vida mais feliz, mais preenchida, mais rica, e menos voltada à comida!
Esse é o tema de uma das aulas do curso para emagrecer Emagreça Motivado, afinal, a comunicação entre os familiares e a pessoa que quer emagrecer pode motivar ou desmotivar, podendo levar até mesmo ao abandono do projeto de emagrecer. Não deixe de conhecer esse curso de emagrecimento!