A osteoporose, caracterizada pela redução da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, afeta aproximadamente 200 milhões de pessoas em todo o mundo, com maior prevalência em mulheres pós-menopausa e idosos. A manutenção da saúde óssea vai além do simples consumo de cálcio e requer uma abordagem abrangente que considere todos os aspectos do metabolismo deste mineral. Este post aprofunda os múltiplos fatores que influenciam a absorção, retenção e utilização do cálcio pelo organismo, baseando-se em evidências científicas atuais.
Fatores que interferem na absorção de cálcio
Antinutrientes e cálcio
Certos compostos naturalmente presentes em alimentos podem se ligar ao cálcio no trato digestivo, formando complexos insolúveis que reduzem significativamente sua absorção. Estudos demonstram que:
- Fitatos: encontrados principalmente em cereais integrais, leguminosas e oleaginosas, podem reduzir a absorção de cálcio em até 60% quando consumidos simultaneamente com fontes deste mineral.
- Oxalatos: presentes em espinafre, ruibarbo, beterraba e cacau, formam complexos particularmente insolúveis com o cálcio. O espinafre, por exemplo, possui alta concentração de cálcio (cerca de 115mg/100g), porém sua biodisponibilidade é de apenas 5% devido ao teor de oxalatos.
- Taninos: encontrados em chás pretos e café, podem reduzir a absorção de cálcio em 10-25% quando consumidos junto com refeições ricas em cálcio.
Para otimizar a absorção de cálcio, é recomendável separar o consumo destes alimentos das principais fontes de cálcio por um intervalo de 2-3 horas.
Fatores que aumentam a excreção urinária de cálcio
A homeostase do cálcio depende não apenas da absorção intestinal, mas também da retenção renal. Diversos fatores nutricionais podem aumentar a excreção urinária deste mineral:
Cafeína: o consumo de 100mg de cafeína (aproximadamente uma xícara de café) pode aumentar a excreção urinária de cálcio em 6mg nas horas subsequentes. Este efeito é mais pronunciado em idosos e pessoas com baixa ingestão habitual de cálcio.
Sódio: o consumo elevado de sódio (>2,3g/dia) promove calciúria significativa. Cada 1g adicional de sódio na dieta aumenta a excreção urinária de cálcio em aproximadamente 25-40mg.
Proteínas: dietas hiperproteicas (especialmente de origem animal) elevam a carga ácida renal, resultando em maior excreção de cálcio. Estudos mostram que um aumento de 50g na ingestão proteica pode levar a uma perda adicional de 60mg de cálcio na urina.
Fósforo: encontrado em alta concentração em refrigerantes com cola (contendo ácido fosfórico) e alimentos ultraprocessados. A relação cálcio:fósforo ideal na dieta é de aproximadamente 1:1. Porém, dietas ocidentais típicas apresentam proporções de 1:2 ou até 1:4, prejudicando o metabolismo ósseo.
Estilo de vida e boa absorção de cálcio
O metabolismo do cálcio é significativamente influenciado por fatores relacionados ao estilo de vida:
- Hidratação: a desidratação leve a moderada pode comprometer a função renal e alterar o equilíbrio eletrolítico, afetando indiretamente o metabolismo do cálcio. Recomenda-se a ingestão de 30-35mL de água por kg de peso corporal diariamente, ajustada conforme nível de atividade física e condições ambientais.
- Atividade física: exercícios com impacto e resistência são particularmente benéficos para a saúde óssea. Estímulos mecânicos regulares aumentam a densidade mineral óssea em 1-3% ao longo de 6-12 meses de treinamento consistente, além de melhorarem a arquitetura óssea. Recomenda-se:
- 150 minutos semanais de atividades moderadas como caminhadas rápidas
- 2-3 sessões semanais de treinamento resistido
- Exercícios de equilíbrio para prevenção de quedas, especialmente em idosos
- Tabagismo e álcool: o fumo reduz a absorção intestinal de cálcio e afeta negativamente os osteoblastos, enquanto o consumo excessivo de álcool (>30g/dia) interfere no metabolismo da vitamina D e aumenta o risco de fraturas. A cessação do tabagismo e a moderação no consumo de álcool são medidas importantes para a saúde óssea.
Boas fontes de cálcio
A ingestão dietética recomendada de cálcio varia de 1000 a 1300mg/dia para adultos, dependendo da idade e sexo. Diversificar as fontes alimentares otimiza a absorção e fornece outros nutrientes essenciais para a saúde óssea.
Fontes de cálcio de origem vegetal
As fontes vegetais de cálcio frequentemente contêm compostos que favorecem sua absorção:
- Vegetais de folhas verde-escuras com baixo teor de oxalatos: couve, mostarda, rúcula e brócolis apresentam biodisponibilidade de cálcio de 50-60%, superior à do leite que é de 32%. Uma porção de 100g de couve cozida fornece aproximadamente 150mg de cálcio biodisponível.
- Oleaginosas e sementes: o gergelim contém 960mg de cálcio por 100g, enquanto a amêndoa fornece 264mg/100g. A castanha-do-pará, além de cálcio (160mg/100g), é uma das melhores fontes de selênio, mineral importante para o metabolismo ósseo.
- Leguminosas: tofu preparado com sulfato de cálcio (350mg/100g), tempeh (111mg/100g) e feijões (50-90mg/100g) são fontes vegetais importantes, especialmente para dietas plant-based.
Fontes de cálcio de origem animal
- Peixes com ossos comestíveis: sardinha em lata (350mg/100g), salmão em lata (220mg/100g) e anchovas (150mg/100g) são excelentes fontes de cálcio altamente biodisponível, além de fornecerem ácidos graxos ômega-3 e vitamina D, benéficos para a saúde óssea.
- Laticínios: fornecem 300-400mg de cálcio por porção de 200ml ou 30g (queijos). Embora sejam fontes tradicionais, sua biodisponibilidade (30-32%) é inferior à de algumas fontes vegetais devido à presença de caseína e outros componentes. Produtos fermentados como iogurte e kefir podem apresentar melhor biodisponibilidade.
Nutrientes que atuam junto com o cálcio
O metabolismo ósseo depende de um conjunto de nutrientes que trabalham em sinergia:
- Boro, silício e zinco: micronutrientes menos discutidos, mas essenciais para o metabolismo ósseo, encontrados em frutas, vegetais, castanhas e cereais integrais.
- Magnésio: cofator essencial para mais de 300 enzimas, incluindo aquelas envolvidas na mineralização óssea. A razão cálcio:magnésio ideal na dieta é de aproximadamente 2:1. Fontes incluem vegetais verde-escuros, sementes, castanhas e cereais integrais.
- Potássio: dietas ricas em potássio (4700mg/dia) produzem um ambiente alcalino que favorece a retenção de cálcio. Frutas, vegetais e leguminosas são excelentes fontes deste mineral.
- Vitamina K: essencial para a carboxilação da osteocalcina, proteína responsável pela incorporação do cálcio à matriz óssea. Vegetais crucíferos, especialmente couve e espinafre, são fontes importantes de vitamina K1, enquanto alimentos fermentados como natto fornecem vitamina K2 (menaquinona), forma particularmente eficaz para a saúde óssea.
Vitamina D e a absorção de cálcio
A vitamina D é fundamental para a absorção intestinal de cálcio, aumentando-a de 10-15% para 30-40% quando em níveis adequados. Estratégias para otimizar os níveis desta vitamina incluem:
Suplementação
A suplementação de vitamina D é frequentemente necessária, especialmente em idosos, pessoas com baixa exposição solar, obesos e residentes de regiões de alta latitude. A monitorização dos níveis séricos (25-OH-D) é importante para ajustar a dosagem adequadamente. Níveis ótimos situam-se entre 30-50 ng/mL (75-125 nmol/L).
Exposição solar
A síntese cutânea é a principal fonte natural de vitamina D. Recomenda-se a exposição de braços e pernas por 15-30 minutos, 2-3 vezes por semana, preferencialmente entre 10h e 15h, sem protetor solar. A eficácia varia conforme latitude, estação do ano, pigmentação da pele e idade.
Alimentação
Fontes alimentares naturais de vitamina D incluem peixes gordurosos (salmão, sardinha, arenque), gema de ovo e cogumelos expostos à luz UV. No entanto, a dieta sozinha raramente fornece quantidades adequadas (200-400 UI/dia vs. 800-1000 UI/dia recomendadas).
Suplementação de cálcio: quando e como
A suplementação de cálcio deve ser considerada quando a ingestão dietética é insuficiente (abaixo de 700-800mg/dia). Diretrizes baseadas em evidências incluem:
- Formulações: citrato de cálcio apresenta melhor biodisponibilidade que carbonato (22-27% vs. 17%), particularmente em pessoas com hipocloridria ou em uso de inibidores de bomba de prótons. O carbonato deve ser ingerido com refeições, enquanto o citrato pode ser tomado a qualquer momento.
- Dosagem: limitar a 500mg por dose para maximizar a absorção. A eficiência da absorção diminui significativamente em doses maiores.
- Timing: dividir a suplementação ao longo do dia, preferencialmente junto às refeições (exceto aquelas ricas em fitatos/oxalatos). A suplementação noturna pode ser benéfica devido ao aumento da reabsorção óssea durante o sono.
- Segurança: meta-análises recentes não confirmaram o aumento de risco cardiovascular com suplementação de cálcio em doses moderadas (<1000mg/dia), especialmente quando combinada com vitamina D.
Saúde intestinal e boa absorção de cálcio
A integridade da mucosa intestinal e o equilíbrio da microbiota influenciam significativamente a absorção de cálcio e outros nutrientes:
- Microbiota intestinal: bactérias benéficas fermentam fibras solúveis, produzindo ácidos graxos de cadeia curta que reduzem o pH intestinal, aumentando a solubilidade e absorção de cálcio. Estudos demonstram aumento de 10-15% na absorção de cálcio com dietas ricas em prebióticos como fruto-oligossacarídeos e inulina.
- Probióticos: algumas cepas (especialmente Lactobacillus e Bifidobacterium) podem aumentar a expressão de transportadores de cálcio na mucosa intestinal. Lactobacilos também produzem fitases que degradam fitatos, melhorando a biodisponibilidade de minerais.
- pH intestinal: um ambiente levemente ácido (pH 5,5-6,5) no intestino delgado maximiza a solubilidade do cálcio. Dietas ricas em frutas, vegetais e grãos fermentados contribuem para esse equilíbrio ácido-base favorável.
Laticínios e boa absorção de cálcio
Laticínios: Equilíbrio e Considerações
Os laticínios tradicionalmente são promovidos como fontes primárias de cálcio, porém uma análise baseada em evidências revela detalhes importantes:
- Biodisponibilidade moderada: embora ricos em cálcio (300-400mg/porção), a taxa de absorção do cálcio de laticínios é de aproximadamente 30-32%, inferior à de algumas fontes vegetais como brócolis e couve (50-60%).
- Relação cálcio:fósforo: laticínios têm razão cálcio:fósforo próxima de 1,3:1, considerada favorável. No entanto, o consumo excessivo de fósforo na dieta pode prejudicar este equilíbrio.
- Carga ácida potencial: dietas com alta proporção de proteínas animais em relação a frutas e vegetais aumentam a produção de ácidos fixos, mobilizando cálcio ósseo para tamponamento. Este efeito é parcialmente compensado pelo cálcio presente nos laticínios, mas torna-se relevante em dietas ocidentais típicas.
- Alternativas fortificadas: bebidas vegetais fortificadas (amêndoa, aveia, soja) fornecem quantidades comparáveis de cálcio (300-350mg/porção) com diferentes perfis nutricionais complementares, sendo opções viáveis para diversificação das fontes.
O consenso científico atual sugere que, embora laticínios sejam fontes convenientes de cálcio, uma abordagem dietética diversificada que inclua múltiplas fontes vegetais e animais otimiza não apenas a ingestão de cálcio, mas também de outros nutrientes essenciais para a saúde óssea.
Conclusão
A prevenção e manejo da osteoporose requerem uma abordagem abrangente que vai além da simples suplementação de cálcio. A otimização do metabolismo deste mineral demanda atenção à sua absorção, excreção e utilização pelo organismo, envolvendo diversos aspectos nutricionais e de estilo de vida. Evidências científicas atuais indicam que:
- A diversificação das fontes de cálcio potencializa sua absorção e fornece nutrientes sinérgicos.
- Fatores dietéticos como consumo excessivo de sódio, proteínas e fósforo afetam negativamente o balanço de cálcio.
- Vitamina D, magnésio, potássio e vitamina K são essenciais para o metabolismo adequado do cálcio.
- Atividade física regular e saúde intestinal contribuem significativamente para a saúde óssea.
Implementar estas estratégias de forma integrada, idealmente sob orientação de profissionais de saúde qualificados, oferece a melhor abordagem baseada em evidências para a manutenção da saúde óssea ao longo da vida.
Para ler a participação da nutricionista em matéria sobre o Dia Mundial de Combate à Osteoporose (dia 20 de outubro), clique AQUI.
Referências
Beck, B. R., Daly, R. M., Singh, M. A. F., & Taaffe, D. R. (2017). Exercise and Sports Science Australia (ESSA) position statement on exercise prescription for the prevention and management of osteoporosis. Journal of Science and Medicine in Sport, 20(5), 438-445.
Blumsohn, A., Herrington, K., Hannon, R. A., Shao, P., Eyre, D. R., & Eastell, R. (1994). The effect of calcium supplementation on the circadian rhythm of bone resorption. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 79(3), 730-735.
Booth, S. L. (2009). Roles for vitamin K beyond coagulation. Annual Review of Nutrition, 29, 89-110.
Bouillon, R., Marcocci, C., Carmeliet, G., Bikle, D., White, J. H., Dawson-Hughes, B., … & Lips, P. (2019). Skeletal and extraskeletal actions of vitamin D: current evidence and outstanding questions. Endocrine Reviews, 40(4), 1109-1151.
Bristow, S. M., Gamble, G. D., Stewart, A., Horne, L., House, M. E., Aati, O., … & Reid, I. R. (2014). Acute and 3-month effects of microcrystalline hydroxyapatite, calcium citrate and calcium carbonate on serum calcium and markers of bone turnover: a randomised controlled trial in postmenopausal women. British Journal of Nutrition, 112(10), 1611-1620.
Calvo, M. S., & Tucker, K. L. (2013). Is phosphorus intake that exceeds dietary requirements a risk factor in bone health? Annals of the New York Academy of Sciences, 1301(1), 29-35.
Castiglioni, S., Cazzaniga, A., Albisetti, W., & Maier, J. A. (2013). Magnesium and osteoporosis: current state of knowledge and future research directions. Nutrients, 5(8), 3022-3033.
Ceglia, L., Harris, S. S., Abrams, S. A., Rasmussen, H. M., Dallal, G. E., & Dawson-Hughes, B. (2009). Potassium bicarbonate attenuates the urinary nitrogen excretion that accompanies an increase in dietary protein and may promote calcium absorption. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 94(2), 645-653.
Chiodini, I., & Bolland, M. J. (2018). Calcium supplementation in osteoporosis: useful or harmful? European Journal of Endocrinology, 178(4), D13-D25.
European Food Safety Authority (EFSA). (2010). Scientific Opinion on Dietary Reference Values for water. EFSA Journal, 8(3), 1459.
Hallberg, L., & Hulthén, L. (2000). Prediction of dietary iron absorption: an algorithm for calculating absorption and bioavailability of dietary iron. The American Journal of Clinical Nutrition, 71(5), 1147-1160.
Holick, M. F., Binkley, N. C., Bischoff-Ferrari, H. A., Gordon, C. M., Hanley, D. A., Heaney, R. P., … & Weaver, C. M. (2011). Evaluation, treatment, and prevention of vitamin D deficiency: an Endocrine Society clinical practice guideline. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 96(7), 1911-1930.
Institute of Medicine (IOM). (2011). Dietary Reference Intakes for calcium and vitamin D. Washington, DC: The National Academies Press.
International Osteoporosis Foundation (IOF). (2021). Facts and Statistics. https://www.osteoporosis.foundation/facts-statistics
Kemi, V. E., Kärkkäinen, M. U., & Lamberg-Allardt, C. J. (2010). High phosphorus intakes acutely and negatively affect Ca and bone metabolism in a dose-dependent manner in healthy young females. British Journal of Nutrition, 103(4), 561-568.
Kerstetter, J. E., Kenny, A. M., & Insogna, K. L. (2010). Dietary protein and skeletal health: a review of recent human research. Current Opinion in Lipidology, 21(1), 16-20.
Kopic, S., & Geibel, J. P. (2013). Gastric acid, calcium absorption, and their impact on bone health. Physiological Reviews, 93(1), 189-268.
Lambert, H., Frassetto, L., Moore, J. B., Torgerson, D., Gannon, R., Burckhardt, P., & Lanham-New, S. (2015). The effect of supplementation with alkaline potassium salts on bone metabolism: a meta-analysis. Osteoporosis International, 26(4), 1311-1318.
Massey, L. K., & Whiting, S. J. (2013). Caffeine, urinary calcium, calcium metabolism and bone. The Journal of Nutrition, 123(9), 1611-1614.
O’Neil, C. E., Keast, D. R., Fulgoni, V. L., & Nicklas, T. A. (2012). Food sources of energy and nutrients among adults in the US: NHANES 2003–2006. Nutrients, 4(12), 2097-2120.
Price, C. T., Langford, J. R., & Liporace, F. A. (2012). Essential nutrients for bone health and a review of their availability in the average North American diet. The Open Orthopaedics Journal, 6, 143-149.
Rozenberg, S., Body, J. J., Bruyère, O., Bergmann, P., Brandi, M. L., Cooper, C., … & Reginster, J. Y. (2016). Effects of dairy products consumption on health: benefits and beliefs—a commentary from the Belgian Bone Club and the European Society for Clinical and Economic Aspects of Osteoporosis, Osteoarthritis and Musculoskeletal Diseases. Calcified Tissue International, 98(1), 1-17.
Scholz-Ahrens, K. E., Adolphi, B., Rochat, F., Barclay, D. V., de Vrese, M., Açil, Y., & Schrezenmeir, J. (2016). Effects of probiotics, prebiotics, and synbiotics on mineral metabolism in ovariectomized rats—impact of bacterial mass, intestinal absorptive area and reduction of bone turn-over. NFS Journal, 3, 41-50.
Singhal, S., Baker, R. D., & Baker, S. S. (2017). A comparison of the nutritional value of cow’s milk and nondairy beverages. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition, 64(5), 799-805.
Straub, D. A. (2007). Calcium supplementation in clinical practice: a review of forms, doses, and indications. Nutrition in Clinical Practice, 22(3), 286-296.
United States Department of Agriculture (USDA). (2019). FoodData Central. https://fdc.nal.usda.gov/
Wacker, M., & Holick, M. F. (2013). Vitamin D—effects on skeletal and extraskeletal health and the need for supplementation. Nutrients, 5(1), 111-148.
Weaver, C. M., & Heaney, R. P. (2006). Food sources, supplements, and bioavailability. In Calcium in Human Health (pp. 129-142). Humana Press.
Weaver, C. M., Proulx, W. R., & Heaney, R. (2009). Choices for achieving adequate dietary calcium with a vegetarian diet. The American Journal of Clinical Nutrition, 70(3), 543s-548s.
Weaver, C. M., Dwyer, J., Fulgoni III, V. L., King, J. C., Leveille, G. A., MacDonald, R. S., … & Schnakenberg, D. (2016). Processed foods: contributions to nutrition. The American Journal of Clinical Nutrition, 99(6), 1525-1542.
Whisner, C. M., & Castillo, L. F. (2018). Prebiotics, bone and mineral metabolism. Calcified Tissue International, 102(4), 443-479.
Yoon, V., Maalouf, N. M., & Sakhaee, K. (2012). The effects of smoking on bone metabolism. Osteoporosis International, 23(8), 2081-2092.
Zhao, Y., Martin, B. R., & Weaver, C. M. (2005). Calcium bioavailability of calcium carbonate fortified soymilk is equivalent to cow’s milk in young women. The Journal of Nutrition, 135(10), 2379-2382.